Espondiloartrite Axial1

A Espondiloartrite Axial é uma doença reumática inflamatória crônica que afeta principalmente, o esqueleto axial (cabeça, caixa torácica e coluna vertebral) e as articulações sacroilíacas (articulações que ficam na região nas nádegas).

De origem autoimune, ou seja, em que o próprio sistema imunológico do indivíduo ataca seus tecidos e órgãos, é considerada uma doença de pessoas jovens, com pico de início entre 15 e 35 anos de idade. Além disso, os homens são os mais acometidos pela EA, cinco vezes mais do que as mulheres.

A causa exata da Espondiloartrite Axial é desconhecida, mas a combinação de fatores genéticos e ambientais parecem ser importantes para o seu surgimento².

Dentre os principais fatores para o desenvolvimento da EA estão²:

  • Pessoas do sexo masculino;
  • Ser adolescente ou adulto jovem;
  • Apresentar marcador genético HLA-B27 (não necessariamente todas as pessoas que apresentam o marcador desenvolvem a doença);
  • Casos frequentes gastroenterite.
  • Histórico familiar.

Sinais e Sintomas¹

O principal sintoma da Espondiloartrite Axial é a dor lombar inflamatória que, geralmente, se manifesta como lombalgia e rigidez que piora pela manhã ou depois do repouso, dura pelo menos 30 minutos e melhora com a atividade.

Mas, outros sintomas também podem acometer os pacientes. Entre eles:

  • Dor unilateral ou bilateral de nádegas, com a radiação às vezes sentida na coxa posterior superior;
  • Dores na região cervical ou torácica ou no peito;
  • Distúrbios do sono;
  • Fadiga;
  • Dores nos pés e calcanhares;
  • Inflamação de pontos de união entre tendão, ligamento ou cápsula e osso;
  • Dor nas articulações entre a pelve e a coluna vertebral.

Como é feito o diagnóstico²

Alguns critérios clínicos são estabelecidos para o diagnóstico da EA. Portanto, na consulta, o médico reumatologista investiga a presença de sintomas como:

  • Lombalgia, com pelo menos três meses de duração com características inflamatórias, melhorada pelo exercício e não aliviada pelo repouso;
  • Limitação do movimento da coluna lombar nos planos sagital e frontal;
  • Diminuição da expansão torácica, de acordo com valores normais para idade e sexo;
  • Sacroiliíte bilateral grau 2 ou superior;
  • Sacroiliíte unilateral grau 3 ou superior.

Além dos testes clínicos, outros exames são utilizados para definição do diagnóstico, entre eles:

  • Exame de sangue;
  • Raio X;
  • Ressonância magnética.

O diagnóstico de Espondiloartrite Axial é confirmado quando um critério radiológico estiver associado a, pelo menos, um critério clínico. Porém, na ausência de achados radiológicos, um cálculo de probabilidade individual pode ser realizado, levando em consideração com as manifestações típicas da EA. Nesse caso, considera-se EA provável quando o paciente apresenta ao mínimo três critérios clínicos.

Tratamento da Espondiloartrite Axial

A Espondiloartrite Axial não tem cura, mas seu tratamento tem avançado bastante nos últimos anos³. Seu objetivo é aliviar a dor e a inflamação e realizar a manutenção da postura e da função das articulações, a fim de se evitar ou minimizar sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes².

Entre as terapias utilizadas para o tratamento da EA estão¹:

  • Anti-inflamatórios;
  • Corticosteroides;
  • Inibidores do fator de necrose tumoral;
  • Fármacos antirreumático modificadores da doença;
  • Cirurgia;

O tratamento a ser adotado pelo médico depende da gravidade do quadro inflamatório e da resposta dos pacientes aos medicamentos. É importante lembrar que a EA necessita de tratamento multidisciplinar e multiprofissional, uma vez que envolve intervenções educacionais, farmacológicas, de reabilitação, radioterápica e cirúrgica². A fisioterapia e a hidroterapia, por exemplo, têm se mostrado importantes aliadas ao bem-estar do paciente com Espondiloartrite Axial¹.

Referências

  1. Claire M McVeigh, Andrew P Cairns. Diagnosis and management of ankylosing spondylitis. BMJ. 2006 Sep 16; 333(7568): 581–585.
  2. Enéias Bezerra Gouveia et al. Espondiloartrite Axial e uveíte: revisão. Rev. Bras. Reumatol. vol.52 no.5 São Paulo set./out. 2012.
  3. Sociedade Brasileira de Reumatologia. Disponível em https://www.reumatologia.org.br/doencas/principais-doencas/espondiloartropatias-soronegativas/. Acessado em Jun/2018.

Central de Atendimento - 0800 771 2550

Atendimento de segunda a sexta das 8h às 20h

WhatsApp - 11 941950709