Artrite Reumatoide1,3

A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica crônica e progressiva, que afeta as articulações, provocando inchaço, rigidez e dores, principalmente, nas mãos e nos pés.

De causa ainda desconhecida, trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico de quem tem AR ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo, causando prejuízos às articulações e, não comumente, a outros órgãos ou tecidos, como pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue.

Com pico de diagnóstico entre 30 e 50 anos de idade, a sua incidência aumenta com a idade. As mulheres são as mais acometidas, duas vezes mais do que os homens, mas outros fatores também estão associados ao desenvolvimento da doença, entre eles:

  • Idade avançada;
  • Histórico familiar de AR;
  • Menarca precoce;
  • Distúrbios hormonais;
  • Tabagismo.

Sinais e Sintomas¹,²

Os sinais e sintomas da artrite reumatoide podem variar de pessoa para pessoa, mas, geralmente, apresentam-se das seguintes formas:

  • Rigidez, dores e inchaços nas articulações, especialmente nas mãos, pés e joelhos;
  • Comprometimento da coluna cervical;
  • Inflamação das articulações;
  • Vermelhidão, principalmente, nas mãos e punhos;
  • Fadiga;
  • Perda de peso;
  • Anemia;
  • Febre;
  • Presença de nódulos reumatoides (caroços) sob a pele e próximos das articulações;
  • Destruição da cartilagem articular;
  • Deformidades nas articulações periféricas.

Como é feito o diagnóstico¹,²

A especialidade médica que trata a artrite reumatoide é a reumatologia e o seu diagnóstico leva em consideração diferentes aspectos, entre eles histórico familiar, hábitos de vida e exames clínicos e laboratoriais. Isso porque não existe um teste específico para detectar a AR.

Dentre os exames necessários para a confirmação da doença estão:

  • Exame clínico – exames físicos para confirmação de presença de artrite em, pelo menos, três regiões articulares, rigidez matinal e presença de nódulos reumatoides, entre outros sintomas;
  • Hemograma completo – para avaliação da função renal e hepática e verificação da presença de fator reumatoide no sangue;
  • Raio X - erosões articulares ou descalcificações localizadas podem ser detectadas em radiografias de mãos e punhos.

Em 2010, o Colégio Americano de Reumatologia e a Liga Europeia Contra o Reumatismo colaboraram para criar novos critérios de classificação para a AR com o objetivo de diagnosticar a doença mais precocemente.

Tratamento da artrite reumatoide

Por ser uma doença crônica, a artrite reumatoide não tem cura. Mas, tem tratamento e seus objetivos incluem a diminuição da dor e do inchaço nas articulações, a prevenção de deformidades visíveis, a preservação da qualidade de vida do paciente, com a manutenção das suas atividades pessoais e profissionais, e o controle das manifestações extra-articulares¹.

Dentre as medicações utilizadas para o manejo da AR estão²:

  • Anti-inflamatórios;
  • Corticoides;
  • Drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença, a maioria delas imunossupressoras;
  • Agentes imunobiológicos;
  • Cirurgia.

Algumas terapias complementares também são bastante indicadas ao tratamento da AR. Dentre elas, a fisioterapia é uma das mais benéficas e viáveis, pois tem como objetivo aliviar a dor e combater os processos inflamatórios, a fim de permitir a restauração dos movimentos articulares e a atividade muscular, prevenir o surgimento de novas deformidades, promover o bem-estar físico, psíquico e social e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes⁴.

Mas, é preciso evitar o excesso de movimento. O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamento e relaxamento, deve ser indicado levando em consideração as condições de saúde de cada paciente².

É importante saber que, quanto mais precocemente a AR for diagnosticada, melhores as chances de se obter um resultado do tratamento a longo prazo.

Referências

  1. Amy M. Wasserman. Diagnosis and Management of Rheumatoid Arthritis. American Family Physician. December 1, 2011, volume 84, number 11.
  2. Sociedade Brasileira de Reumatologia.
    Disponível em https://www.reumatologia.org.br/doencas/principais-doencas/artrite-reumatoide/. Acessado em Jun/18.
  3. V. Michael Holers. Autoimmunity to Citrullinated Proteins and the Initiation of Rheumatoid Arthritis. Curr Opin Immunol. 2013 December ; 25(6): 728–735.
  4. Caroline de Macedo Schnornberger et al. Physiotherapeutic intervention in pain and quality of life of women with rheumatoid arthritis. Case reports. Rev Dor. São Paulo, 2017 out-dez;18(4):365-9

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